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Autotransformação: desafios e possibilidades

Autotransformação: desafio árduo, mas, sobretudo, possível

 

*Por Daniel Rezende

“O que sou é a história que carrego. O que serei é a história que ainda posso construir.”

A frase, da mentora de executivos e CEO da Dasein, Adriana Prates, é emblemática: a cada dia temos uma nova oportunidade de nos reinventarmos. Ou seja, seu futuro depende, principalmente, de você! Não quero dizer com isso que mudar seja simples. Pelo contrário, entendo que absorver essa percepção positiva sobre as próprias perspectivas faz parte de um exercício diário, árduo, mas acima de tudo possível. Se existe a intenção, já é um bom começo. O próximo passo? Investir em autoconhecimento.

A verdadeira reinvenção só é possível de ser concretizada a partir da clareza sobre quem se é, conhecendo a fundo a própria bagagem, a própria história, as emoções, talentos e pontos fracos. Se você tem um enorme desejo de iniciar esse processo, mas ainda não colocou em prática, aqui vão dois incentivos: primeiro, estamos vivenciando uma era de mudanças abrangentes – modernização dos modelos de negócio e de comportamentos essenciais – tudo isso propicia uma atmosfera de transformação, totalmente favorável às mudanças pessoais. Segundo: estamos nos aproximamos da virada de ano, um símbolo sociocultural que, para muitos, funciona como “estopim” para iniciar novas fases. Sim, eventos que marcam o fim de um ciclo são estabelecidos como um novo ponto de partida para mudanças ou mesmo para a definição de novos alvos a serem alcançados. Abaixo destaquei passos importantes para materializar esse processo:

Conscientização do desafio

Tenha em mente que propor para si mudanças que criem novos hábitos ou estimulem a adoção de novos comportamentos é apenas o início de uma luta diária que precisa ser alimentada por atitudes que irão transformar desejos em realidades. A proposta de mudança na maioria das vezes deve estar alicerçada em identificar gatilhos – que nos impele a repetir hábitos bons ou ruins – para que nos casos daqueles que levam aos maus hábitos possam ser eliminados, ou mesmo substituídos por outros que criam os bons hábitos desejados. Isso implica em ações que devem ser repetidamente praticadas no seu dia a dia até que virem rotinas e se consolidem gerando os resultados almejados.

Reflita sobre suas atitudes

Conscientize-se de comportamentos e hábitos que precisam e podem ser mudados ou abandonados. Na sequência, identifique aqueles comportamentos que devem ser adotados como rotina para se alcançar o que se propõe como alvo pessoal.

Determinação e prática

Querer mudar é um exercício diário de disciplina e perseverança, de manter o foco. Um bom começo é estabelecer pequenas metas alcançáveis, pois vencer cada pequeno percurso é o que te levará a completar a corrida e alcançar o prêmio. Comemore sempre as vitórias ao longo do caminho e desfrute as pequenas recompensas que te levarão às maiores. Percorrer esse caminho é o que gera autoconfiança e por fim promove a força necessária para continuar a caminhada e torná-la longa e desfrutável.

“Autenticidade acima do desejo de ser bem aceito”

“Querer mudar é um exercício diário de disciplina e perseverança, de manter o foco.” – Daniel Rezende, diretor da Dasein.

Símbolo importante de mudanças contemporâneas, um conceito está provocando boas reflexões: perennial (em tradução literal, perene) e que muitos associam a mulheres acima dos quarenta anos. No entanto, não é exatamente uma nova geração ou está vinculado a um aspecto cronológico, mas sim ao indivíduo ou grupo de pessoas que têm provocado transformações substanciais em seu estilo de vida em busca de satisfação. Uns deixam de lado altas hierarquias em empresas tradicionais para abrirem o próprio negócio, outros mudam totalmente de profissão e recomeçam do zero.

São indivíduos que, sem dúvida, se propõem a colocar a autenticidade acima do desejo de serem bem aceitos. É reflexo de uma atitude madura, da decisão de não se buscar aprovação, mas sim de ser feliz com quem se tornou apesar das dificuldades ou limitações impostas pelo passar dos anos.

As mulheres, principalmente, pela qualidade da determinação e coragem, assumiram um papel de protagonistas na aplicação desse conceito em suas vidas, especialmente aquelas que após sentirem as marcas do tempo não se entregaram à resignação. Ao contrário, encontraram a felicidade por se realizarem com o que possuem e não com o que o se impõe pela vontade do outro ou pelo destino. Em vez de lutarem para eliminar as marcas do tempo, concentram toda sua energia em usufruiu o que conquistaram com o passar dele, visando a perenidade. Abandonaram assim de uma vez por todas a busca exaustiva, frustrante pela juventude eterna. Acredito que esse conceito tem tudo para se estabelecer como algo bom e aceitável, uma vez que promove a auto aceitação, a liberdade e por fim direciona os esforços para uma vida longa e feliz.

O que o conceito perennial pode ensinar às novas gerações? A autoaceitação é um bom ensinamento. Não é uma atitude que leva o individuo a desistir de ser melhor a cada dia, mas sim a preservar os bons hábitos adquiridos com o tempo e também favorece colocar em prática a receita de sucesso aprendida com a experiência que só o tempo proporciona. Significa aplicar a mudança como algo contínuo, benéfico e provadamente alcançável. Essa deve ser a maior lição a ser aprendida com o perennial. Metas impossíveis não se alcançam, não deixar a juventude passar, é só mais um esforço para agarrar o vento. Faça o que está ao seu alcance, em época favorável, seja sua melhor versão em cada tempo e assim perenize sua safra de recompensas e alegrias.

Mudança sim, mas com coerência

O que eu tenho aprendido nas vivências diárias com empresários e executivos é que além de se desenvolver as mudanças focadas em desenvolvimento ou habilidades ligadas à liderança (que envolvem ter boa comunicação, relacionamento, análise e decisão, bem como atitude de dono), os colaboradores devem adotar tais posturas como um modo de vida – serem exemplares dentro e fora do ambiente corporativo.

“Tenha em mente que propor para si mudanças que criem novos hábitos ou estimulem a adoção de novos comportamentos é apenas o início de uma luta diária que precisa ser alimentada por atitudes que irão transformar desejos em realidades.” – Daniel Rezende

Acredito que a qualidade da coerência extrapola tais habilidades, pois é essencial ser a mesma pessoa independentemente de onde se esteja: no trabalho, na família ou na comunidade. Levar consigo os valores e comportamentos que formam a cultura empresarial, viver isso de dentro para fora. Se o valor principal de uma empresa é a segurança e o respeito à vida, então esse valor deve ser refletido por cada colaborador dentro e também fora da empresa. Significa, por exemplo, ser um motorista prudente, que segue e respeita s regras e leis que regem essa atividade.

Por outro lado, não é coerente, muito menos aceitável que se use o “Equipamento de Proteção Individual” na fábrica, mas logo após se encerrar a jornada de trabalho, ao sair da empresa, dirigir sem o cinto de segurança, ou mesmo, dirigir falando ao celular. As empresas buscam e promovem as melhores práticas e se espera cada vez mais que essas práticas deixem de ser exclusivas ao ambiente corporativo e passem a ser praticadas na sociedade. Ser coerente e ser exemplar serão, cada vez mais, qualidades esperadas de um bom líder, que seja consciente, integral, que promova autoconhecimento, resiliência e ética.

*Daniel Rezende é diretor da Dasein.

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