Solicite uma proposta
yFechar menu
Não encontrou?

Pesquisar...

Novo ciclo, novas atitudes

Questionar, aprender, construir e avançar

 Essas são algumas das atitudes para criar uma agenda possível para 2023

 

Desconstruir certos padrões ou símbolos é algo que (felizmente) vem crescendo em nossa sociedade. Nada mais saudável, já que são os questionamentos que nos levam a fazer diferente, a ter novas ideias, a melhorar e avançar. Prestes a adentrar um novo ano, nos perguntamos, exatamente, sobre o sentido da simbólica passagem de ciclos: ela ainda tem força para alancar mudanças nos dias de hoje? Ou não passa de mais uma tradição inócua que nos leva a fazer uma lista de intenções que dificilmente será executada? E mais, em tempos tão dinâmicos é possível fazer uma agenda de tendências para 2023?

Adriana Prates é CEO da Dasein EMA Partners Brazil. Créditos foto: Glauber Prates

Longe de ter respostas únicas para questões tão amplas, entendemos que sempre é possível aprender com os símbolos e tradições – até mesmo com as surradas listas de metas que criamos a cada dezembro. E um desses ensinamentos consiste em uma potente ação: o ato de exercitar um planejamento.

Segundo a CEO da Dasein EMA Partners Brazil, Adriana Prates, o exercício de imaginar ou de criar o futuro dará consistência às decisões que precisarão ser tomadas em meio a situações adversas e imprevisíveis. “É preciso pensar sempre no imponderável e essa iniciativa cria um movimento de flexibilidade para a gestão no planejamento de longo prazo – algo essencial para que os negócios evoluam e se transformem.”

Além disso, ela ressalta que é muito importante estar atento ao que está acontecendo hoje e a aos cenários econômico, político e cultural – “é uma maneira de nos organizarmos para que estejamos menos vulneráveis a fatores que não temos controle.”

Refletir sobre o hoje para construir o futuro

Como parte desse exercício, Adriana Prates recomenda refletir sobre o ano que passou, reconhecendo o que deu resultado, o que a pessoa gostaria de mudar e como fazer isso. “Precisamos ter consciência de que somos responsáveis por nossas escolhas e que a somatória dessas decisões forma a nossa vida. Se queremos resultados diferentes, temos que agir de forma diferente, por mais que seja desafiador. A partir daí, podemos identificar qual direção queremos seguir e direcionar os nossos propósitos.”

A executiva entende que o estabelecimento de metas não é algo negativo, desde que as metas sejam realistas e possíveis. “É essencial ter prioridades e pensar em qual atividade você quer dedicar o seu tempo. A partir disso, ter persistência para agir, consistência e constância para manter o que funcionou no ano anterior.”

 Uma agenda possível para 2023

Mesmo em tempos marcados pelas incertezas, a executiva considera importante pensar em uma agenda que inclua as mudanças que estão ocorrendo nas diferentes áreas e como isso pode interferir, futuramente, no seu ambiente de trabalho. “Os profissionais devem ter recursos e conhecimentos necessários para lidar com as transformações que virão. Utilize a tecnologia como aliada na gestão de pessoas e processos. Amplie sua visão sobre os novos colaboradores – essas pessoas têm uma mentalidade inovadora, proativa e buscam a desconstrução de antigos padrões. Por mais imponderável que seja o futuro, não tenho dúvidas sobre a importância de atitudes como essas, que têm uma forte ligação com temas relacionados à diversidade, inclusão e responsabilidade social, pautas importantes dentro do ESG.”

Humildade para liderar é uma atitude-chave

No radar executivo mundial, certos movimentos prometem ganhar destaque em 2023. No campo comportamental, o poder da modéstia para liderar – admitir erros e estar aberto a aprender – vem ganhando força, segundo pesquisa da Ohio State University. Já entre os perfis executivos, o retorno de profissionais com mais de 60 anos ao mercado pode ser uma tendência no ano que vem, de acordo com uma série de reportagens do jornal inglês Financial Times.

Para Adriana Prates, a modéstia para liderar vem ganhando mais força a cada dia. “Tenho convicção que os líderes de sucesso precisam ser humildes, modestos, estar abertos a aprendizados e aceitar que também irão errar”, destaca Adriana Prates. O estudo mostra ainda que há uma relação direta entre as lideranças mais humildes e a maior propensão das equipes em compartilhar conhecimentos e contribuir para um ambiente de trabalho mais saudável e seguro psicologicamente. Para ela, é muito mais fácil criar bons relacionamentos, ter uma boa comunicação e gerar engajamento da equipe quando o líder é aberto e acessível às pessoas. “Quanto maior a habilidade dos executivos de aceitarem a imperfeição deles mesmos e dos outros, melhor será o enfrentamento dos erros e a conexão gerada entre os trabalhadores em uma empresa.”

Já o retorno de profissionais com mais de 60 anos às empresas, vem chamando atenção do universo executivo. Conhecido como “desaposentadoria”, essa mudança tem relação ao aumento da longevidade, à necessidade de gerar renda e à vontade de socializar.

De acordo com a executiva, há muito a ganhar com essa tendência, já que esse grupo pode contribuir de maneira significativa com os ambientes de trabalho.

“As pessoas acima de 60 anos oferecem uma perspectiva e visão de mundo diferentes dos jovens talentos, o que cria algo positivo, que é a diversidade intelectual e etária. Além disso, eles têm uma atuação mais qualificada e trazem aprendizados muito interessantes para serem disseminados junto ao mais jovens e dessa forma criar um ciclo permanente de crescimento a todos.”

De acordo com ela, com a maturidade, as pessoas vão desenvolvendo habilidades como a ponderação, a sabedoria, um maior equilíbrio e trajetórias técnicas muito relevantes. “A tendência é que essas pessoas sejam mais receptivas e tenham perfis mais centrados, responsáveis, prudentes e que consigam lidar melhor com situações de pressão e perdas.

A combinação entre a atuação dos profissionais mais jovens e com os mais velhos contribui, ainda, para uma redução significativa da competitividade tóxica, tornando o clima de trabalho mais saudável, respeitoso e fundamentado em relações colaborativas.”

 

Às lideranças, um convite à reflexão

Como as lideranças podem melhorar sua atuação em 2023? Por meio de questões relacionadas às tendências do mundo executivo, a CEO da Dasein | EMA Partners Brazil, Adriana Prates, faz um convite à reflexão:

1-Como podemos estimular o desenvolvimento da independência e autonomia para que as pessoas do nosso time decidam o que é melhor para a vida delas?

2-De que maneira podemos ampliar o nosso entendimento sobre cada pessoa de forma individual, agindo de modo empático e construindo caminhos para que a coletividade seja beneficiada?

3-Como ser único e autêntico em um planeta que anula a diversidade?

4- É possível fomentar ações em defesa do singular, do diverso, do diferente na nossa rotina?

 

Conteúdos

Relacionados

A liderança autêntica e o desafio da busca pessoal

A liderança autêntica e o desafio da busca pessoal

“Quando escrevo, repito o que já vivi antes. E...
5 min de leitura
Dasein integra conselho internacional de diversidade

Dasein integra conselho internacional de diversidade

Engajamento, redução de conflitos, inovação, criatividade, melhores resultados. Esses...
2 min de leitura
Receba novidades

Newsletter

Para acompanhar nossas novidades, insights e outros formatos de conteúdo, cadastre-se e siga conosco. Será um prazer ter a sua companhia nessa jornada.