A principal característica do mundo atual é um ambiente dinâmico em constante mudança e que exige cada vez mais organizações com capacidade de adaptação, como condição essencial para sobrevivência. Com o passar dos anos as mudanças organizacionais são necessárias, para as empresas se manterem no mercado e sobreviverem ao longo do tempo. As mudanças podem envolver, alterar sistemas, estruturas e processos, bem como a maneira como as pessoas pensam e se comportam. Dentro desta perspectiva de constante evolução do mercado, as organizações precisam rever sua cultura e a mudança cultural significa mudar os sistemas de relacionamento onde as pessoas vivem e trabalham. A cultura organizacional é um modelo de crenças, costumes e valores que os integrantes das organizações aprenderam a respeitar, a exercer e ensinar aos novos integrantes.
Para mudar a cultura de uma empresa é necessário planejamento e isso exige adesão, passa por as pessoas entenderem a necessidade e aceitarem a mudança e também por atrair novos colaboradores já adaptados à nova cultura desejada. Assim a mudança significa transformar a forma de pensar e agir das pessoas e, contratar pessoas já aculturadas. Isso requer um grande esforço para identificar interna e externamente pessoas capazes de aprender a se envolver de maneira produtiva, pessoas que se identificam com a nova cultura, de forma que as características desejadas pela organização coincidem com as suas orientações pessoais. Por isso tanto o recrutamento quanto o desenvolvimento de pessoas podem influenciar de forma positiva o processo de mudar a cultura e como consequência ajudar a atrair e reter os profissionais adequados, criando um círculo virtuoso onde a empresa conseguirá se destacar no mercado e possuir o elemento essencial para ser competitiva.
Nos últimos 20 anos as empresas proclamaram que ter os melhores talentos seria o diferencial as empresas vencedoras das demais, no entanto recentemente as empresas perceberam que o talento é importante, mas que o talento por si só não é suficiente. As empresas podem contratar os profissionais mais qualificados, mas se eles não forem capazes de trabalhar em coesão, não compartilharem crenças e valores e não tiverem o mesmo propósito, elas não terão sucesso. É preciso não somente avaliar habilidades e conhecimento, mas a sinergia entre a cultura do profissional e a da empresa. Essa sinergia entre o profissional e a empresa está relacionada a compartilhar valores, comportamentos e objetivos.
Uma cultura organizacional eficiente transforma o espírito de uma empresa trazendo mais produtividade, sintonia, além de gerar maior satisfação entre os clientes e consequentemente obter maior rentabilidade em seu negócio.
* Por Daniel Rezende – sócio, diretor e responsável pelas atividades de Executive Search da Dasein.