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Radar executive search: marca pessoal

Muito além de aparência, a marca pessoal pode ser uma vantajosa estratégia de carreira

 

A paixão por matemática, o jeito prático de ver o mundo e a facilidade em resolver desafios de lógica a levaram a escolher, com certa tranquilidade, sua profissão. Não ter dúvidas sobre o que gosta, seus programas favoritos ou as próximas etapas da sua carreira a fazem dizer com firmeza: sim, eu me conheço.

Embora seja simples responder perguntas que envolvam interesses pessoais, a maioria das pessoas não se conhece bem. Essa é a conclusão da psicóloga americana Tasha Eurich, que conduz importantes estudos sobre o tema. Em pesquisa com 5 mil profissionais, foi revelado que somente 15% das pessoas têm autoconhecimento – sem o qual é impossível saber quem se é, tampouco definir uma marca pessoal.

Barreiras ao autoconhecimento

Para Eurich existem vários “pontos-cegos” nos indivíduos, características positivas e negativas que as pessoas não conseguem enxergar com facilidade. Muitas vezes essa falta de clareza é resultado de rotinas atribuladas (e automatizadas), aos excessos de estímulos e demandas externas que precisam ser atendidas, como as necessidades do trabalho, da casa.

Para desvendar tais “pontos-cegos” é necessário, sobretudo, se permitir uma pausa voltada ao pensamento, ao questionamento e busca de reconexão interior. Ao criar momentos para si como forma de exercícios contínuos de autorreflexão, é possível chegar a uma percepção mais clara sobre pontos fortes e características que podem ser melhoradas. De acordo com a psicóloga, esse não é um processo de curto prazo, mas uma prática que deve ser feita por toda a vida e que pode ser ainda mais beneficiada com a ajuda de um profissional.

Como você gostaria de ser lembrado?

A estratégia de construção da marca pessoal (ou personal branding) é inspirada no conceito de marca usado para distinguir produtos e serviços. Em um universo de opções, as pessoas são impactadas o tempo inteiro, têm impressões positivas e negativas sobre o que vê e atribui a elas um significado – o que gera memória. Quer um exemplo? Quando pensamos em Coca-Cola, memórias afetivas são acionadas. Já a Apple: inovação. Disney: diversão.

Voltando para a marca pessoal: como você gostaria de ser lembrado? Criar uma narrativa própria, a partir do autoconhecimento e da clareza em aliar habilidades e características do seu repertório acadêmico, profissional e pessoal, vai induzir as pessoas a te verem como você é.  São esses atributos que criam a sua identidade e contribuem para definir a sua individualidade no mercado.

A marca pessoal deve refletir a sua essência

Construir uma marca pessoal com o objetivo de agradar mais ou de atender uma demanda de mercado são motivações equivocadas. Por isso é tão importante investir, antes de tudo, em autoconhecimento – é ele o alicerce de uma marca bem construída, sólida, perene. Ao contrário dos personagens que transbordam nas redes sociais: inconsistentes, pouco naturais e com prazo de validade curto.

Olhar para os seus talentos (o que você faz bem sem muito esforço), para os seus valores (o que é inegociável) e para o que você deseja conquistar são passos fundamentais para valorizar a sua autenticidade. Ser verdadeiro, dizer o que pensa e, sempre de forma empática, assumir sua posição, é demonstração de autoconfiança e de força.

Como você é percebido: a importância do feedback

Não é possível construir uma marca pessoal visando somente os desejos, o que você sonha ser. Para chegar à definição de quais características do seu perfil devem ser exaltadas, uma das orientações dos especialistas é saber por qual razão você é recomendado no meio profissional. Ao longo da nossa carreira, recebemos diversas chancelas e a resposta pode vir das características em comum entre elas.

Essa é uma etapa importante do processo de autoconhecimento e construção da marca pessoal, pois na maior parte das vezes as pessoas não conseguem ver todas as nuances de suas habilidades. Ter ciência da perspectiva do outro sobre você (considere sempre os círculos pessoal e profissional) enriquece sua autoanálise, seja para mudar comportamentos, ajustá-los ou saber que está na direção certa.

E o mais importante: por mais que o feedback seja negativo, saiba que é uma percepção sobre o hoje e que por meio do processo de autoconhecimento e etapas de construção da marca pessoal essa realidade pode ser modificada para melhor.

Defina o que impulsionar e o que ajustar

Com um olhar mais nítido sobre quem você é, e as habilidades que serão impulsionadas, o recomendado é fazer uma “peneira” e deixar de lado o que não agrega à sua marca pessoal. Como esse é um processo de longo prazo, definir uma meta por vez e prosseguir aos poucos, com solidez nas etapas, é essencial. Mudar tudo de uma vez é impossível, pode causar frustração e desmotivação.

Marca e aparência vão além da estética

Autocuidado com a saúde física, mental e emocional dizem muito sobre você, apesar de não serem essas características que vêm à cabeça quando se fala em aparência ou marca. No entanto, só atributos estéticos como estilo visual, roupas, assessórios ou corte de cabelo não sustentam uma marca pessoal.

A forma de se portar com o outro, de ser empático nas diversas camadas de relacionamento, é um quesito que interfere diretamente na aparência –  e isso inclui a exposição nas redes sociais. Características como tom de fala e coerência entre discurso e prática na vida online e offline são muito perceptíveis e jogam a favor ou contra uma marca pessoal.

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