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Passou dos 40 e quer ser mais digital?

*Por Erun Diniz

A internet, as redes sociais e as novas tecnologias permeiam cada vez mais o nosso cotidiano, e sobretudo, a nossa carreira. Dinâmico, ágil e compartilhado, o mundo digital tem questionado tudo o que tem sido feito. Novos modelos de negócios são criados e testados com frequência, outros aperfeiçoados e alguns foram até extintos. Enfim, inovar na entrega de produtos e serviços deixou de ser um diferencial para se tornar um pré-requisito. E as empresas, pelo menos aquelas atentas a essa nova realidade, direcionam esforços e recursos para se adequarem e manterem competitivas no mercado.

Uma pesquisa liderada pelo International Data Corporation (IDC), uma das principais consultorias em análise de mercado e tecnologia, apontou que investimentos em software, hardware e serviços que permitem a transformação digital, por exemplo, atingirão US$ 1,3 trilhões neste ano. Um valor que representa um salto de 16,8% em comparação com os US$ 1,1 trilhões gastos em 2017.

Nesse contexto, a matemática é simples: se o mercado está se transformando, muda-se também o perfil de seus colaboradores. No entanto, como ficam as pessoas que nasceram em outras épocas? Como devem se adaptar aos novos hábitos tecnológicos no dia a dia profissional?

Diferente dos millenials e da Geração Z (que já cresceram usando a internet e olham com naturalidade para um futuro cercado de robôs e internet das coisas), os profissionais acima dos 40 anos têm encontrado dificuldades para absorver os avanços digitais. Nessa faixa etária sentem uma natural insegurança com tamanha velocidade de informações e mudanças. Às vezes, isso pode gerar certo pânico no sentido de terem que se atualizar constantemente e competirem com jovens que aprendem mais rapidamente e não se assustam com as novidades. Por outro lado, os mais experientes levam a vantagem de ter mais conhecimento dos negócios e podem compensar isso ao se aprofundarem no aprendizado de algumas tecnologias que lhes permitam transformar mais rapidamente seu conhecimento em resultados.

Nesse mercado cada vez mais digital e interconectado, penso que a melhor maneira desses profissionais não perderem espaço é estarem abertos ao aprendizado e acreditar que é sempre possível inovar naquilo que se faz. O aprofundamento do conhecimento do negócio e a identificação de oportunidades de melhoria é que irão gerar valor e dar a eles o espaço para se desenvolverem. São essas novas tecnologias que vão ajudá-los a acelerar a obtenção de resultados. Pesquisar sobre a “Internet das Coisas”, onde poderão encontrar as diversas possibilidades de aplicação já testadas e que terão crescimento exponencial, também é um bom caminho a seguir.

As empresas também têm um importante papel nesse processo de reinvenção de seus colaboradores. Cabe a elas incentivá-los e apoiá-los a participar de feiras de tecnologia, seminários e congressos sobre inovação. Além de apostarem em treinamentos específicos necessários para a implementação das ações de melhoria em seus processos. O que significa um investimento com retorno vantajoso para ambos.

Particularmente, procuro sempre buscar novos conhecimentos, ampliar as possibilidades de trabalho e trocas com outros profissionais. Neste mês, por exemplo, tive a oportunidade de participar do “Encontro de Conselheiros”, promovido pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativo (IBGC), organização de ponta em assuntos de governança corporativa. Discutimos sobre big data, internet das coisas e robotização.

O encontro de gerações distintas também pode formar um intercâmbio interessante de conhecimentos. Estar próximo de pensamentos mais jovens é um estímulo ao aprendizado de novas ideias que geralmente são cheias de entusiasmo e arrojo. E isto nos obriga a repensar modelos já estabelecidos.

O mundo vive transformações constantes e não permite que paremos de nos ajustar as novas realidades. Essa busca é fundamental para a sobrevivência tanto profissional como para a saúde física e mental.

Reinvenção requer novas habilidades.

Ressalto ainda a importância das redes sociais para estreitar a comunicação e as relações com o outro de forma a absorver e repassar novos conhecimentos. No mundo profissional digitalizado, essas características são fundamentais para o trabalho compartilhado, uma tendência das organizações mais saudáveis. Poder ouvir com respeito diversas posições é indispensável para o caminho da inovação e para a sobrevivência e perenidade das empresas.

As oportunidades proporcionadas por esse novo mundo digital – desde responder as nossas demandas de conhecimento à facilitação de quase tudo que fazemos – devem ser consideradas por aqueles das gerações mais maduras como a melhor maneira de tornar suas vidas mais produtivas e saudáveis.

*Erundino Diniz – Consultor da equipe Dasein e membro da Comissão de Capital Humano do Instituto Brasileiro de Governança Corporativo (IBGC).

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