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Esporte e trabalho com Rondrigo Ronzella

“O esporte se tornou o meu divã”

O diretor de RH da Aegea, Rodrigo Ronzella, conta como a corrida potencializa a sua saúde física e mental, além das habilidades profissionais.

 

Advogado tributarista, diretor de recursos humanos, conselheiro de administração e atleta: Rodrigo Ronzella mostra que o universo corporativo está bem mais próximo dos esportes do que se imagina. Muito mais que lazer, é desenvolvimento – físico e mental. Vem das maratonas sua inspiração para criar, inovar, superar desafios e produzir. Nesta entrevista, ele, que dirige o RH da gigante do saneamento, a Aegea, conta mais sobre sua trajetória nos esportes, fazendo um paralelo com as habilidades de liderança.

Em paralelo à vida corporativa, você é um destacado maratonista – já completou os principais circuitos do mundo como Boston, Berlim, NYC, Chicago, Paris, Lisboa, Rio e São Paulo. Ao se dedicar a atividades tão distintas, mostra a importância de ter equilíbrio entre a vida fora do escritório e o trabalho. Além desse equilíbrio, quais são os benefícios de encaixar o esporte na agitada agenda corporativa?

O esporte se tornou o meu “divã”. É correndo que eu alivio a pressão do dia a dia, cuidando da minha saúde mental. Correr também me deixa mais forte e me obriga a ter uma alimentação e um estilo de vida mais saudável, evitando todos os tipos de doença. Exceto pela Covid, eu nunca me afastei um único dia do trabalho. Além disso, durante as corridas, ao mesmo tempo que eu me desligo dos problemas, busco ideias e inspiração para superar os desafios. Sem dúvida, o esporte aumenta a minha produtividade.

Rodrigo Ronzella é diretor de RH da Aegea e maratonista.

Falando mais especificamente das maratonas, quais são os ensinamentos deste esporte que o senhor leva para a sua vida profissional?

Os treinos para uma maratona são muito duros e envolvem planejamento, disciplina, dedicação, persistência e estratégia, competências que utilizo todos os dias no trabalho. E quando os resultados não acontecem, é preciso se reinventar, exatamente como na vida profissional. Sempre digo que “desistir não é uma opção”. A maratona também ensina que a conquista nunca é individual, mas sim resultado de um forte trabalho em equipe, desde o apoio da família até a preparação com treinador, preparador físico, fisioterapeuta e nutricionista. É sempre um time remando junto na mesma direção e com o mesmo objetivo.

Conte a sua história com o esporte e como ele virou uma paixão para você.

Inspirado pelos meus pais e pelo meu irmão, aprendi a gostar do esporte. Fui obeso até os 13 anos, quando apoiado por minha mãe decidi começar uma preparação física, acompanhado por médico e nutricionista. Emagreci e comecei a correr. Aos 16 anos fui para o triathlon, mas meu forte sempre foi a corrida. Aos 30 anos, a convite de um colega de trabalho, fiz minha primeira maratona. Confesso que mal sabia que seriam 42 quilômetros. Então me apaixonei e também exagerei.

Treinando muito e sem um acompanhamento profissional, tive uma lesão na tíbia que me afastou das corridas por vários meses. Desanimei, ocupei esse espaço com outras coisas, “ganhei” uns 10 quilos, até um grande amigo me convidar para voltar. Ele me salvou. Treinamos juntos, com uma assessoria esportiva, e corremos a maratona de São Paulo em 2017. Daí para frente não parei mais. Fui criando relacionamentos, ganhando novos amigos e formando uma “corrente do bem”, uns correndo com os outros. Hoje treino todos os dias, em especial aos finais de semana, por prazer.

Além dos conhecidos ganhos para a saúde física, a prática de esportes ensina muito sobre autosuperação, sobre a construção de uma mente mais forte – pensando, inclusive, nas adversidades. O que o senhor aprende, quando, por exemplo, não é possível completar uma prova?

Eu completei todas as 12 maratonas que fiz, mas nem sempre saiu conforme o planejado. Procuro sempre largar com energia positiva e motivação alta, pois sei que isso vai me ajudar. Mas também sei que preciso controlar a empolgação porque é uma prova de longa distância, assim como a carreira profissional. As pernas começam a endurecer e as dores chegam por volta do km 30, a depender da sua preparação.

A partir daí, não negocio com a cabeça, pois ela tentará me sabotar o tempo todo, me convidando a desistir. Penso na jornada e no que representa superar aquele momento. Mudo a estratégia, “troco as dores de lugar” e sigo correndo. E quando encontro pessoas desistindo, tento estimulá-las e trazê-las comigo. Isso me fortalece! Penso naqueles que me inspiraram, eles nunca desistiriam, nem eu. E se ainda assim um dia não der para completar, vou começar tudo de novo e me preparar melhor para o próximo desafio.

Muitos profissionais sonham em começar um esporte, mas precisam de um “empurrão” para que isso aconteça. Quais os benefícios ao encarar essa nova experiência, ao conviver com novas pessoas, a transitar por áreas diferentes?

O meu conselho é “comecem logo”. Parem de criar dificuldades. A vida não é fácil para ninguém e o dia tem 24h para todos. Priorize o que é importante para você. 100% das pessoas que conheço, que começaram a praticar esportes, tiveram uma melhora significativa na saúde e na qualidade de vida.

Vivencie uma experiência diferente, faça novos amigos e amplie suas competências. Os ganhos profissionais virão automaticamente. Hoje eu me sinto feliz em saber que inspiro muitas pessoas que convivem comigo e que já transformaram seu estilo de vida.

 

 

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