Você tem cara de quê?
O que o ruído de imagem diz sobre sua personalidade
Já te disseram que você “tem cara” de alguma coisa? “Novinha(o)”, brava(o), séria(o), metida(o), boazinha, bonzinho, cansada(o), triste, etc.?
Se sim, vamos conversar! O tema dessa conversa é algo muito corriqueiro: ruídos de imagem!
Em primeiro lugar, vale esclarecer esse conceito. Muitos profissionais no mercado, inclusive, na área de consultoria de imagem, lidam com o ruído de comunicação visual como se ele fosse uma informação falsa sobre o cliente. Ou seja, alguma característica que, injustamente ou equivocadamente, os interlocutores atribuem a alguém. Seria aquele tipo de feedback que não tem nada a ver com o sujeito.
Mas, na verdade, não é bem assim. O ruído de imagem é algo que nos pertence; é um atributo genuíno e verdadeiro do nosso ser. Aquela pessoa que tem cara de brava, no fundo, tem seus rompantes mesmo. Por outro lado, quem tem cara de “meiguinha/o”, de fato, é uma pessoa gentil, suave e acolhedora.
Mas, se o atributo é verdadeiro, por que ele se torna um ruído?
O ruído não é uma comunicação falsa e, sim, uma comunicação parcial sobre a pessoa. O atributo em questão é tão forte (tanto no visual quanto no comportamento) que ele acaba aparecendo em um primeiro plano, ofuscando as demais características do indivíduo.
Ninguém tem uma faceta só, certo?! O ruído só exerce essa função porque, na esmagadora maioria das vezes, ele acaba impedindo que nossos interlocutores percebam nossas outras personas.
E de onde vem esse ruído?
Ele vem, principalmente, dos traços faciais! Como costumo dizer, problema de “cara de alguma coisa” só se resolve na própria cara. Para citar alguns exemplos, o ruído pode estar associado à forma ou ao formato de sobrancelhas, dos olhos, à mímica facial, ao sorriso ou à falta dele, entre outros caracteres. Enfim, são muitos os elementos que podem contribuir para isso, incluindo as energias masculinas e femininas manifestadas nos nossos elementos faciais.
Como saber se eu tenho um ruído de imagem?
Basta prestar atenção àqueles feedbacks que você recebe sempre das pessoas ao seu redor. A reincidência de certo tipo de comentário quer dizer que essa característica é a que sobressai no conjunto do visual. São especialmente importantes as observações feitas por pessoas que acabamos de conhecer ou aquelas outras com as quais interagimos pouco. Esse é o tipo de feedback que eu chamo de “sincerão” porque é espontâneo e ainda não foi enviesado pelos sentimentos envolvidos nas nossas relações com amigos íntimos, familiares e parceiros. Não quero dizer que essas pessoas de círculos próximos não fornecem insights importantes para o nosso autoconhecimento. Pelo contrário! Só quero deixar uma ressalva para o fato de que, diante da possibilidade de gerar algum incômodo, quem convive mais de perto conosco pode acabar se abstendo de manifestar a sua opinião ou crítica construtiva.
É possível contornar o ruído de imagem?
Claro! Em primeiro lugar, temos que identificar quais são as nossas qualidades que ofuscam as demais. Devemos ter a consciência de que o ruído de comunicação é nosso e, exatamente por isso, é uma característica que não deve ser desprezada. Dizendo de outra maneira, não é necessário – nem desejável – eliminar o ruído de imagem. Ele faz parte da nossa essência e do nosso repertório. Em muitos casos, ele pode ser uma grande força ou até mesmo um ponto de equilíbrio comportamental.
Então, para fazer com que o ruído de imagem perca o seu “monopólio” comunicativo, só precisamos fazer com que os outros atributos e qualidades também apareçam. A estratégia é colocar um holofote sobre os outros traços faciais e físicos que vão transmitir as outras mensagens que também fazem parte das suas personas.
Cabe ao profissional que trabalha com imagem pessoal (isso inclui, além de consultores, médicos, dentistas, cabeleireiros, maquiadores, designer de sobrancelhas, entre outros) reconhecer a origem dos ruídos e trabalhar os elementos ao redor do rosto, a vestimenta e o comportamento que irão fazer com que os ruídos se alinhem às outras características, dando importância, de fato, ao que é mais importante para a fase atual de vida!
Gostou desse assunto? Quer entendê-lo mais profundamente? A série “Você tem cara de quê?”, que eu disponibilizei no meu canal do Youtube, trata exatamente desse tópico. Esse conteúdo vai ajudar você a refletir sobre seus eventuais ruídos de imagem e saber a partir do reconhecimento da origem deles na sua aparência, em especial, no rosto.
Quando quiser trocar uma ideia, estarei esperando por você nas minhas redes sociais!
Um abraço!
Cris Alves é especialista em análises faciais e imagem pessoal. Criadora do método Facetelling®, é ávida leitora da história que o rosto das pessoas conta, e também ensina a fazê-lo na Persoona® School. Ela está presente no Youtube: Persoona@ por Cris Alves, Instagram: @persoona.crisalves e Linkedin: @persoonacrisalves