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Disrupção requer liderança visionária

A tecnologia trouxe ao mundo moderno a praticidade de soluções rápidas para resolver problemas que antes demandavam muito mais esforço. Os avanços são notórios para a grande maioria, mas ainda são poucos os que conseguem extrair, ao máximo, todo o potencial desse novo mundo digital. Afinal, como usar a inteligência artificial, realidade virtual, conectividade 5G, entre outros, para gerar mais valor e resultados para empresas e executivos? Como essas inovações podem ser úteis para a mudança geracional (que nos desafia a cada instante) ou para as frequentes mudanças na regulamentação?

Essas e outras questões fundamentais foram longamente debatidas durante horas a fio em dois dias de imersão promovidos pela Association of Executive Search and Leadership Consultants (AESC), que reuniu executivos, pesquisadores e empresários de 19 países em Nova York. Trata-se do Boutique and Independent Firm Forum e a Conferência Global AESC 2018. Fui uma dos cinco profissionais brasileiras presentes em ambos os eventos.

Durante a imersão, uma possibilidade incrível de contato com perfis e pensamentos tão distintos, foi possível compreender melhor as estratégias de crescimento nesse novo ambiente de negócios. Nos atualizamos quanto à legislação de privacidade de dados, segurança e igualdade de remuneração. Afinal, como empresas-membro da AESC temos que garantir que nossas abordagens reflitam o nosso compromisso com os mais altos padrões da profissão.

Dentre as várias experiências vivenciadas e palestras que acompanhei, pude observar que a tecnologia digital, a mudança geracional e a regulamentação generalizada estão não só provocando mudanças, mas perturbando organizações e setores inteiros em todo o mundo. Transformando assim a economia global e alterando o DNA exigido dos principais executivos de hoje. Um clima de negócios em constante mudança exige também uma nova geração de liderança. E a AESC nos forneceu um conteúdo crítico mostrando que os consultores de busca e liderança de executivos estão preparados para ajudar os líderes de todas as indústrias a alcançar novos níveis de crescimento, indo além dos modelos de inovação sustentável de ontem.

Durante a Conferência Global da AESC, Paul Lee, sócio da Deloitte, compartilhou sua perspectiva sobre algumas das forças tecnológicas disruptivas mais comentadas no horizonte, bem como seus possíveis impactos.

Dois assuntos me chamaram bastante atenção. O primeiro foi a explanação do sócio e chefe global de pesquisa para os setores de tecnologia, mídia e telecomunicações da Deloitte, Paul Lee. Ele compartilhou sua perspectiva sobre algumas das forças tecnológicas disruptivas mais comentadas no horizonte (inteligência artificial, conectividade 5G, realidade aumentada, realidade virtual, carros autônomos, reconhecimento de voz e autenticação biométrica), bem como sobre seus possíveis impactos.

O segundo refere-se à pesquisa “Reinventando a Organização para a Era Digital” da The Conference Board (TCB) apresentada por Rebecca L. Ray, vice-presidente executiva da entidade. Por 18 anos, o estudo entrevistou CEOs de todo o mundo para entender melhor como as organizações estão se reinventando para a era digital e como os líderes estão gerenciando essa inovação.

Os resultados mostram que, para enfrentar o desafio da transformação digital, os executivos estão focados em formar equipes de liderança que sejam adaptáveis, empreendedoras e capazes de inspirar funcionários. Eles se dedicam à criação de ambientes de trabalho inovadores, centrados no cliente e inclusivos.

Entre os principais insights do relatório, as organizações citam também a necessidade de reinvenção. E para muitas organizações, a reinvenção começa com a transformação digital. Mas o que isso significa exatamente? Rebecca explica: “a transformação digital é menos sobre a tecnologia em si e mais sobre como você precisa transformar sua organização para alavancar essa tecnologia: ter melhores insights de dados, melhor entrega e introspecção”.

Rebecca Ray, da TCB, divulgou os resultados da pesquisa “Reinventando a Organização para a Era Digital”.

Dentro desse contexto, foi observado ainda que muitos outros estudos sobre liderança digital levam a conclusões semelhantes, incluindo a ideia de que a liderança eficaz na era digital é aquela que tem o pensamento estratégico focado na mudança. Neste aspecto, Ray destaca que parte disso é porque a tecnologia se move tão rápido, é tão complicada e está tão interconectada que você não pode saber tudo o que precisa saber. Então a questão se torna como você deve conduzir as pessoas através de um processo que pode ou não ser um caminho claro. Para ela, não há um destino final – onde você acha que está indo não é necessariamente onde você precisa ir, e você pode não saber disso por algum tempo, então, como ser ágil e criar também uma organização ágil? A resposta depende de quem as empresas têm em suas organizações, e “quem” está no topo das preocupações dos líderes do C-Suite em 2018.

Ressalto ainda a importante visão da presidente e diretora executiva da AESC, Karen Greenbaum, que forneceu dados, insights e observações sobre as possíveis mudanças em nosso ecossistema profissional. E também a palestra de Sheena Iyengar, autora do excelente “A arte da escolha”. A professora da Universidade  de Columbia ampliou as perspectivas do público ao estimular perguntas fascinantes em relação às nossas escolhas. Afinal, nos conhecemos a ponto de optar pelos nossos interesses ou o desejo de escolher é moldado pelas pessoas e cultura que nos envolve?

Um dos pontos altos da AESC Global NY foi a palestra “A arte de escolher” da renomada especialista em escolha e tomada de decisões, Sheena Iyengar.

Liderança feminina

Desempenhando papel importante para fortalecer a liderança feminina, a AESC apresentou no “Boutique and Independent Firm Forum”, painelistas mulheres de destaque em cargos globais que dividiram suas experiências, principais desafios e conquistas. Um fato bem interessante que verifiquei é que, desde 2010, quando estive pela primeira vez na conferência anual, o número de mulheres dirigentes de empresas de executive search era menos de 10%. Hoje, nove anos depois, esse número aumentou para 30%. Acredito que essa mudança deve-se ao posicionamento que a mulher vem tendo no mundo dos negócios e, sobretudo, dos grupos empresarias enxergarem no estilo feminino de liderar, uma grande adequação com os tempos multitarefas da atualidade.

Como conselheira do board da AESC responsável pelas Américas, reforço que somos constantemente estimuladas a identificar e apresentar executivas nos projetos de executive search que desenvolvemos. Além disso, promovemos eventos com o firme propósito de eliminar as diferenças salariais entre homens e mulheres.

Nove anos entre as melhores consultorias de liderança do mundo

Adriana Prates, presidente da Dasein e Cristina Bomchil, da Valuar Executive Search da Argentina.

Resumir toda a experiência da Dasein ao longo desses noves anos de trajetória junto à AESC não é tarefa fácil. Mas confesso que as conexões, parcerias e laços que estabelecemos fora do Brasil, elevaram não somente o patamar de excelência no atendimento da empresa, como também nos permitiu interagir com culturas de mais de 70 países. Trazer isso para o Brasil é contribuir para a formação de um conceito de excelência do qual os clientes não mais prescindem deles. Tenho sido muito ativa nesta jornada, não medindo esforços para que as melhores práticas sejam repercutidas em nosso país. Quando um setor inteiro consegue evoluir na forma técnica e também estratégica toda a sociedade ganha.

Desde 2013 integro o comitê de novas associações para todos os países das Américas de novos membros que querem ser certificados pela AESC. Somos seis representantes e sou a única brasileira a compor esse grupo exclusivo, que tem a missão de averiguar se as empresas que buscam a certificação realmente possuem os padrões de qualidade requeridos. Em 2017, iniciei meu primeiro mandado como conselheira do board da AESC pelas Américas com a tarefa de levar as necessidades que temos no Brasil para a entidade nos apoiar. Nosso mercado ainda tem um nível de maturidade abaixo do esperado e a missão de profissionalizar um setor inteiro nos coloca a atuar de forma incondicional a fim de nos nivelarmos em volume de consultorias certificadas e assim, ter no país, um padrão de semelhança também no volume de consultores que fazem os serviços que fazemos. Quando se participa de uma organização assim, o mundo aparentemente tão complexo se torna simples e acessível.

Presidente e diretora executiva da AESC, Karen Greenbaum, apresentou o relatório de 2018 sobre o estado da profissão da AESC.

Fora de São Paulo a Dasein é a única consultoria certificada pela AESC, termos a nossa sede em Minas e conhecermos os aspectos culturais regionais somados aos globais nos coloca numa condição de ter um atendimento com performance muito acima da média, já reconhecida pelos clientes que trabalham conosco e conhecida pelos que estão chegando a empresa.

Em breve, voltamos a nos encontrar neste espaço, para explorarmos novas tendências do mercado executivo. Em agosto, reuniremos em São Paulo, com as 21 consultorias da AESC no Brasil, para promover uma série de painéis com empresários brasileiros e entender melhor suas reais expectativas e necessidades. Até lá!

 

Por: Adriana Prates – presidente da Dasein Executive Search e integrante do Conselho da AESC responsável pelas Américas.

 

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