Ao longo de dezessete anos tive o privilégio de atender desde altos executivos como pessoas que chegavam no consultório sem nenhuma perspectiva de cura. Em todos eles haviam um ponto em comum, a vontade de estar na vida e o desejo de transformação.
De acordo com o doutor Herbert Benson, professor em Harvard, 60% a 90% das doenças podem ser curadas pela mente. Autor de sete livros com mais de 4 milhões de exemplares vendidos, ele afirma que existe um tripé que sustenta a cura: os medicamentos, a cirurgia e a espiritualidade.
Cada um deles tem o seu peso sendo que o hábito diário da meditação (capacidade de deixar a mente livre de pensamentos) teria uma função eficaz na diminuição do nível de estresse e de doenças como a depressão.
Em muitos momentos, dentro do meu consultório, me deparei com pessoas que passavam por grandes provas no âmbito da saúde, no tocante das emoções e no equilíbrio mental. E me perguntava: o que realmente nos motiva em nossas escolhas? Seja ela profissional, amorosa, cultural… Como podemos lidar melhor com as nossas perdas e com o preço de cada escolha?
Dentro deste contexto pela busca do ter, esquecemos por alguns momentos a intenção primordial que nos leva e nos impulsiona em nossas buscas: ser feliz.
Qual a válvula motriz que faz com que quiséssemos que aquele instante durasse uma eternidade?
Em primeiro lugar, um corpo feliz é um corpo saudável, que exala vitalidade, que está em harmonia com seus sentimentos e mantém sua mente lúcida.
Porém, o que vemos são as pessoas chegarem ao sucesso financeiro e profissional e dão em troca parte da sua saúde pelo ritmo de vida desenfreado e a falta de tempo.
Em uma era em que a medicina disponibiliza maior longevidade e bem-estar deixo aqui uma reflexão: qual é o preço da saúde, a paixão pela vida, o encantamento de estar vivo e poder interagir com todos a nossa volta?
É lá no final conseguir envelhecer e chegar na essência da tal felicidade!
*Tathiane Pitaluga é naturóloga, especialista em acupuntura e professora autorizada pela Escola Biyun QI Gong
* O artigo também pose ser lido aqui!