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Dasein convida: Ruy Dantas

Metodologia que ajuda diminuir o mimimi

 

*Por Ruy Dantas

Com a redução do custo da tecnologia, o pequeno concorre com o grande, a Uber compete com o banco emprestando dinheiro ao motorista, e o iFood tira verba das agências entregando publicidade e até a comida quentinha. É um mundo em que seu parceiro, é, seu competidor e com tantas mudanças, os empreendedores convivem com o imprevisível o tempo inteiro.

O pior é que, desde cedo, aprendemos formas de manter o status quo. É por isso que todos falam em inovação, mas é difícil tirá-la do papel, pois os hábitos do modelo tradicional ainda são muito presentes em nosso dia a dia.

Ruy está olhando para frente e sorrindo

Ruy Dantas é um dos grandes especialistas em comunicação do Brasil e presidente do Sin Group.

Jamais imaginei ser empreendedor, queria mesmo ser jogador de futebol, mas nunca passei de um perna de pau. Enveredei cedo na área da comunicação e fui empreender na publicidade.

Por quase vinte anos, exercitei o modelo clássico desse segmento com uma estrutura cara, pesada; sinuquinha e cervejinha de vez em quando para manter o time engajado.

Inovação máxima na pandemia

Ao longo de quase duas décadas, contratei consultorias para inovar e confesso que foi muito proveitoso, mas a inovação máxima quem fez mesmo foi a pandemia.

Reduzimos custos operacionais, automatizamos índices da contabilidade, aprendemos a mensurar as entregas, entre outras coisas. Mas a maior inovação foi a redução de e-mails e de mimimi.

Nos primeiros dias da quarentena, em 2020, precisávamos nos reunir constantemente e percebemos que as conversas virtuais funcionam mais do que uma pilha de e-mails.

Por acaso, descobrimos o óbvio: o modelo foi evoluindo, e, como todo mundo do marketing gosta de botar nome nas coisas, tratamos logo de arranjar um bacana para as tais reuniões de alinhamento.

Batizamos aqueles encontros de Metodologia S (s de simples), e ela tem sido um alívio para baixar o cortisol do nosso time.

Gestão elevador

É utopia imaginar que o talento individual das pessoas vai resolver tudo. Elas podem ganhar alguns jogos, mas não o campeonato. A chamada gestão elevador (aquela que “subia” problemas via e-mail para descer soluções) não existe mais.

A Metodologia S também veio para resolver as tensões do modelo antigo de relacionamento entre pessoas que realizam determinado projeto. Criamos grupos internos e externos, e todos ficam acompanhando os status das entregas com zero burocracia.

A gente sabe que, no começo de um projeto, todos pensam igual, depois cada pessoa evolui de modo diferente. A melhor forma de garantir constância é a medição pelo resultado que as pessoas entregam, e não pelo esforço que fazem. Deixar para ver o resultado só no final gerava um prejuízo e uma perda de tempo enormes. Agora, a gente percebe quando algo sai do trilho e age rápido para resolver.

Como todo processo de inovação é contínuo, estamos aprimorando nossa descoberta improvisada com fundamentos da Gestão por OKR (Objectives and Key Results), trocando o velho modelo de comando e controle pela gestão do contexto.

Todas as pessoas dos squads devem saber por que estão ali e o que devem buscar. As metas devem ser ligadas a objetivos. É um sistema utilizado para criar alinhamento, engajamento e autonomia em equipes a partir do estabelecimento de objetivos factíveis, determinados pelos próprios times.

A gente descobriu que perdia mais tempo controlando as pessoas do que inovando e que inovação é um esporte de equipe. Aquele gênio que adora resolver as coisas por e-mail não cabe mais nas empresas. Existe uma necessidade de complementaridade de competências, e isso flui rapidamente num papo de dez minutos.

Estamos longe da perfeição, mas acordar diariamente e saber que não teremos a caixa de e-mail lotada já é um grande alívio.

 

Ruy Dantas é um empresário brasileiro do ramo da comunicação. Jornalista e publicitário, desde 2006 preside o Sin Group, que reúne as empresas Sin Comunicação, Ima Gestão de Imagem, Jabuticaba Digital Ideas e Keek Inteligence e emprega cerca de 100 funcionários em João Pessoa, Maceió e Brasília.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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