Aos 25 anos, a principal premiação executiva do Brasil presta homenagem a grandes lideranças
Parte do júri desde 2010, a Dasein consolida sua parceria com o Prêmio Executivo de Valor
Celebrando 25 anos de história, o Prêmio Executivo de Valor – consolidado como a principal premiação a lideranças em atuação no Brasil – homenageou 25 profissionais em 20 setores da economia em sua nova edição, que ocorreu no último dia 16 de junho, em São Paulo (SP). Realizado pelo jornal Valor Econômico, em parceria com a AESC (Association of Executive Search and Leadership Consultants ), a iniciativa é também considerada um radar para tendências executivas, novas competências e talentos estratégicos para o alto escalão das empresas.
As lideranças foram eleitas por 12 consultorias que fazem parte da associação global AESC, entre elas a Dasein EMA Partners Brasil. Para Adriana Prates, CEO da Dasein, que integra o júri desde 2010, o que mais chamou sua atenção entre os executivos indicados foi a mudança de foco e a coragem de desacelerar para decidir melhor. “Os líderes começaram a olhar menos para a velocidade e mais para a profundidade. Houve um deslocamento entre metas puramente numéricas para conversas mais estruturantes, mais humanas.”

Integrantes do júri do Prêmio Executivo de Valor 2025 ao lado de Lynne Murphy-Rivera, diretora da AESC para as Américas.
Outro tema muito relevante, segundo ela, foi a saúde mental. “Mas não mais como algo isolado, tratado pelo RH ou restrito a campanhas pontuais. Muitos executivos passaram a entender que o bem-estar das equipes tem impacto direto na estratégia, nos resultados, na inovação. O burn on, esse esgotamento constante, silencioso, virou uma pauta séria. E começou a ser enfrentado com mais responsabilidade.”
A qualidade das relações no trabalho também teve destaque. Ela relata que os líderes mais conscientes entenderam que a confiança virou ativo de negócio e têm buscado escutar melhor, conversar com mais profundidade, criar ambientes emocionalmente seguros. “Não é só sobre clima, é sobre construir vínculos que sustentem decisões difíceis e transformações reais.”
“Também vi crescer a atenção à diversidade, mas agora com um viés estratégico, incluindo mais vozes na tomada de decisão. Ainda sobre ESG, vi a sustentabilidade como parte central da estratégia: deixou de ser um “tema de compliance” e passou a fazer parte das decisões de negócio. Questões sociais e ambientais fazem parte dos conselhos, dos OKRs, das metas de longo prazo. E isso muda o jogo.”
Há, ainda, uma preocupação crescente com a formação de novas lideranças, com visão sistêmica, ética e humana, que saibam lidar com ambiguidade, com pressão, com contradições e ainda assim mantenham a coerência. “Compreendo que 2025 tem sido um ano de maior consciência. O que está no foco hoje não é apenas o que se entrega, mas como se entrega.”